As últimas semanas foram demasiadamente puxadas com respeito a trabalho. Concluí um projeto grande de tradução, uns dezoito manuais de operação de uma empresa de Offshore. O trabalho ficou ótimo e foi um prazer concluí-lo na sexta passada. Sábado acordei com a sensação de dever cumprido e decidi tirar o dia para colocar algumas coisas pessoais em dia. Entre elas estava o orçamento para um novo par de óculos e também o conserto dos meus óculos atuais. Antes de ir à ótica, passei no sapateiro para pegar um tênis que deixei colando a sola e deixar um cinto que precisava também colar. Bem, se depender de mim, sapateiros ainda terão sempre serviços. Terminado o orçamento e a escolha de uma nova armação e lentes, eu caminhava pelo calçadão do centro, ali na altura da Boca Maldita, quando avistei uma barraca montada pelo Hospital das Clínicas com vários estudantes de medicina da Universidade Federal. Eles estavam organizando uma campanha convidando pessoas a se tornarem doadoras de medula óssea. Bem, eu estava feliz, meu sábado era relax total, e pensei: “Por que não?” Como eu sou uma pessoa superior, e isso vocês já sabem por que não pego saquinho plástico em supermercado, e também separo o lixo, não custava nada ser um pouco mais superior e me cadastrar como doador de medula óssea, certo? Não é que eu iria entrar naquela barraca e alguém fosse serrar minha coluna vertebral, me dobrar ao meio, pegar um funil e colher litros de medula óssea, não é mesmo? Então, o que custa preencher um formulário e voltar pra casa com o senso de cidadão superior fodástico. “Custa uma agulha na sua veia, seu burro!!!” Foi o que disse o capetinha ao pé do meu ouvido quando eu olhei lá pro fundo da barraca.
Então, eu não sabia que além do formulário, também tinha a
Bem, agora falando bem sério, na